Familiares e Amigos de Pessoas em Privação de Liberdade seguem no sexto dia seguido de vigília nas proximidades da penitenciária de São Pedro de Alcântara após recorrentes denuncias de violações de direitos humanos dentro do complexo penitenciário.
Mobilizados por recorrentes denuncias de violações de direitos humanos, familiares estão se organizando e exigindo o fim das torturas. Mas é fundamental afirmar: este não é um momento excepcional na vida das prisões, o fim da tortura e da violência só será possível com o fim de todas as formas de encarceramento da vida. A privação de liberdade é em si a forma mais violenta e intrusiva do Estado na vida particular do povo trabalhador.
Na compreensão dos familiares e amigos de pessoas em privação de liberdade o crime é o resultado de uma série de condições sociais nas quais a ausência de empregos e o fato de que os empregos existentes remuneram os trabalhadores abaixo do custo de suas vidas, empurra grande parte do povo para a ilegalidade - é a única forma de sobreviver. Então recai sobre eles duramente o poder violento e repressor do Estado, como se recorrer ao crime pudesse ser reduzido de forma simplista a uma "escolha pessoal e particular".
Esta não é apenas uma luta por São Pedro de Alcântara. Em todo o Brasil, essa dura realidade se repete todos os dias silenciosamente.
Todos aqueles que puderem contribuir, seja integrando-se a vigília ou enviando moções, podem entrar em contato: antiprisionalsc@gmail.com
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